quarta-feira, 15 de abril de 2015

Maria e o misterioso cú fedorento

Fomos hoje visitados na Loja das Fazendas por um jornalista de uma radio nacional conhecida, com o intuito de fazer uma reportagem sobre o futuro do ramo das fazendas e o seu impacto na sociedade local. Yolando Palheta possuidor de ego desmedido, não tem pensado noutra coisa desde que soube que ia ser alvo de uma benfeitora reportagem, pensando, infelizmente, não tanto na Loja mas mais para a sua projecção pessoal no mundo dos tecidos e afins.

De repente necessitou de um makeover no seu gabinete para parecer bonito, mudou móveis, secretárias, fez desaparecer o que o incomodava na sua enorme sala e enxotou todo o seu lixo para o meu sector que, por acaso,  é o cartão-de-visita da loja. Onde quer que se vá tem de se passar por ali. É quase como gato escondido com o rabo de fora. Achei mal, mas não quis intrometer-me pois a trupe do resto do conselho de administração, que carinhosamente (not) chamo de “ os amarrados”,  andavam também por lá de mangas arregaçadas a comandar e a ordenar a 2 ou 3 funcionários que foram chamados para carregar com o peso.

Depois de tudo ter sido conferido afim de estar  estar perfeito aos olhos de sua excelência Doutor Yolando, ele vem ter comigo e diz-me algo assim baixinho para ninguém ouvir.


- Maria, é constrangedor mas não sei como lhe dizer...
- Diga Dr. Yolando...
- A D. Carlota das limpezas não está, já fui à procura dela...
- Passa-se alguma coisa Dr.?
- Eu fui espreitar o wc para ver se estava tudo ok e alguém esteve lá e não se pode lá estar com o cheiro. Foi alguém do seu sector?
- Olhe Dr. só se alguém teve uma dor de barriga. Não sei...
- Mas cheira tão mal caramba.
- Olhe lá, não quer que eu chame o CSI para saber quem foi não? (termino o dialogo quase a partir-me a rir).

Dirijo-me as minhas colegas a rir e conto o sucedido,  um bocadinho incomodada por ele estar a insinuar que alguma menina das vendas tenha largado tamanha bomba de mau cheiro no wc. E nisto ouço a prima da chefe Xuxa dizer:

– Ahhh tu não estavas aqui, não te consegui avisar. É que eu estava cheia de gazes e tive de me aliviar. Cheirava tão mal que nem conseguia estar ao pé de mim, imagina. Mas se for preciso dizer ao chefe que os traques eram meus eu confesso...

E ficou a olhar para mim a sorrir à espera que eu dissesse algo, enquanto as outras partiam-se a rir com a minha cara.

É assim, tanto trabalho, tanto carrego, tanta vaidade e se o jornalista tivesse que se aliviar ia sentir o cheiro dos traques da Xupeta Feijó. Isso sim, é um belo cartão de visita.




7 comentários:

  1. Como dizia a outra, apenas duas palavras: me-do. Mesmo assim este blog continua a ser uma lufada de ar fresco, a expressão pode não ser adequada ao post, mas a malta aguenta.

    Beijinho, Maria varredoiiira :)

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  2. Olá bom dia, sem comentários por hoje kkkkkkkkkk
    Super bjinhos ❤
    http://sarranheira.blogspot.pt/

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  3. O gajo quer que uma casa de banho cheire a flores?
    Aquilo serve, precisamente, para aliviar a tripa, olhó catano.

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  4. Ahahaha ... o jornalista teria que relatar que o impacto "ambiental" da Loja das Fazendas na sociedade local era forte! ;)

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  5. A isso se chama honestidade. ahahahahahahah

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  6. Ahahah!!! Já tinha saudades de passar por aqui Maria :) !

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  7. Ahahahah o que me ri com isto rapariga :D E's demais, especialmente quando poes as coisas em pratos limpos! :) Beijinho enorme xx

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