A dor de Maria

Alguidares de Cima, de Baixo e de entre-folhos não tem gajos bons, passam-se dias até conseguirmos vislumbrar um corpinho jeitoso associado a uma carinha laroca. As mulheres por outro lado são vaidosas, arranjam-se e passeiam na rua como se estivessem numa passerele, dando a impressão que são "cool" e superiores, mas sempre deitando o olho as modas e formosuras alheias. 

Na semana passada uma firma de construção montou o "barraco" em frente à porta da loja das Fazendas. Era uma pequena obra, mas fez muito mais do que era suposto. 

Dois ou três dos trabalhadores fizeram o dia ficar mais bonito.  As mulheres da loja iam constantemente a porta "apanhar ar" e "lavar as vistas". A boa disposição instalou-se e acabou por ser um dia divertido pois o tema de conversa era bem prazeroso.

Eu, não fui (à porta), como trabalho perto da janela apreciei a vista sentada na secretaria. O pior foi ao fim do dia quando constatei que dei um jeito ao raio do pescoço.  Passado uma semana a dor ainda cá está. Sim, parece que foi castigo pelos pensamentos pecaminosos. Mas, como não olhar? A carne é fraca pah!